Secretário de Estado dos EUA afirma que o foco do grupo é “garantir que Israel se defenda de forma eficaz”
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que os países do G7 estão “comprometidos em diminuir” as tensões entre Israel e o Irã. A declaração foi feita a jornalistas depois de encontro dos chanceleres das nações integrantes do G7 nesta 6ª feira (19.abr.2024), em Capri (Itália).
Na noite de 5ª feira (18.abr), o Irã foi alvo de ataques que teriam sido realizados por Israel como uma retaliação aos cerca de 300 drones e mísseis lançados pelo Irã em direção ao território israelense no sábado (13.abr). As autoridades de Tel Aviv ainda não confirmaram os ataques.
“Estamos comprometidos com a segurança de Israel. Também estamos comprometidos com a desescalada [dos conflitos no Oriente Médio] e com a tentativa de pôr fim a esta tensão”, disse Blinken, acrescentando que os países compartilham “o compromisso de responsabilizar o Irã” pelo ataque de 13 de abril.
Blinken afirmou que as nações condenaram os ataques do Irã. Segundo ele, as investidas iranianas foram “sem precedentes em alcance e escala”. Ele disse: “Em alcance porque foi um ataque direto a Israel a partir do Irã. Em escala porque envolveu mais de 300 munições, incluindo mísseis balísticos”.
Ele não quis responder se os EUA receberam algum aviso sobre os planos de Israel para atacar o Irã. “Não vou falar sobre isso, exceto para dizer que os Estados Unidos não estiveram envolvidos em nenhuma operação ofensiva”, declarou.
“O foco do G7, e isso está refletido em nossa declaração e em nossa conversa, é nosso trabalho para diminuir as tensões, para diminuir qualquer conflito potencial”, acrescentou. “Vimos Israel ser alvo de um ataque sem precedentes, mas o nosso foco tem sido, claro, garantir que Israel se defenda de forma eficaz, mas também diminuir as tensões e evitar conflitos. Esse continua sendo nosso foco”, completou.
Depois do encontro desta 6ª feira (19.abr), os chanceleres de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, além do Alto Representante da União Europeia, emitiram um comunicado (íntegra, em inglês – PDF – 178 kB).
Eles declararam: “Israel e o seu povo têm a nossa total solidariedade e apoio e reafirmamos o nosso compromisso com a segurança de Israel. As ações do Irã [em 13 de abril] marcam um passo inaceitável no sentido da desestabilização da região e de uma nova escalada, que deve ser evitada”. Os chanceleres pediram que, “à luz dos relatos de ataques” na 5ª feira (18.abr), “todas as partes trabalhem para evitar uma nova escalada”.
Os políticos instaram o Irã a “se abster de prestar apoio ao Hamas e de tomar novas medidas que desestabilizem o Oriente Médio”, incluindo o apoio a grupos como o Hezbollah e os Houthis.
“Exigimos que o Irã e os seus grupos afiliados cessem os seus ataques. Responsabilizaremos o governo iraniano pelas suas ações maliciosas e desestabilizadoras e estamos prontos para adotar novas sanções ou tomar outras medidas, agora e em resposta a novas iniciativas desestabilizadoras”, lê-se no comunicado.
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